Há pouco, quando fui despejar o lixo, vi um gato. Eu sei, para ver um gato não preciso ir despejar o lixo: tenho três cá em casa.
Mas é precisamente aí que eu quero chegar. Os meus gatos têm caminhas fofas, muitas mantinhas (umas de lã, tricotadas por mim, outras polares), comida e água sempre frescas, carinhos...
Aquele gato que eu vi na rua, andava por baixo dos carros, encharcado, tentando talvez encontrar um cantinho junto a um qualquer motor para passar a noite. Num local um pouco menos frio que o asfalto molhado. Provavelmente de barriga vazia.
Tal como ele, muitos outros gatos e cães vaguearão pelas ruas, ao frio, à chuva, com fome. De comida e de carinhos.
E tal como eles, muitas pessoas vagueiam pelas ruas e quando chega a noite escondem-se do frio e da chuva debaixo de cartões, enroladas a cobertores puídos. Sem um carinho.Talvez com uma sopinha ou um copo de leite quente no estômago. Ou não...
E fico a pensar. Diz-se que o sol, quando nasce, é para todos.
O frio, quando aparece, também. Ou não...
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