Já agora, para matar saudades...
Ultimamente só tenho posto aqui fotos da Mafalda. Hoje é a vez da Amélie. A minha gata de bruxa, que não me larga um bocadinho desde que chego a casa. Para onde eu vou, ela vai.
Gosto muito desta minha gata!
Pois é, a minha filha está de férias intercalares. Não vai ter de passar estes dois fins-de-semana a estudar e a fazer trabalhos, por isso e aproveitando já o primeiro, fomos ao cinema.
E só paguei um bilhete. Porque tenho um cartão Zon.
Fui ver "A Troca", mas fiquei um pouco desiludida. O filme é demasiado grande e, talvez por saber que é baseado numa história verídica, estava à espera de melhor. Mas quem sou eu para criticar? Eu nem percebo nada de cinema...
Do que não gostei foi do facto de venderem pipocas, bebidas e bilhetes na mesma bilheteira. Quem só quer bilhetes, tem de ficar numa fila interminável. Era preferível separarem as bilheteiras, havendo por exemplo duas para quem só quer bilhetes e as restantes para venderem tudo.
Também achei estranho levarem crianças pequenas para um filme daqueles. Não me parece muito apropriado para elas e a dar-me razão estava a criancinha que se sentou atrás de mim, que não parava de se torcer na cadeira, de dar pontapés na minha e de falar alto e bom som com os pais.
Mas o pior de tudo foi ver o nojo em que deixam a sala quando a abandonam. Ele é pipocas espalhadas pelo chão, pisadas por quem vai atrás, cola entornada, copos e palhas em cima das cadeiras... bolas, até as minhas ratazanas são mais asseadas... (para quem não sabe, as ratazanas domésticas são asseadas, meigas, mas um bocado "bagunceiras").
Só que, o que é natural em ratazanas, não devia ser para pessoas "ditas" civilizadas.
E pronto. Foi assim a minha tarde de cinema. Ainda bem que só paguei um bilhete...
Há pouco, quando fui despejar o lixo, vi um gato. Eu sei, para ver um gato não preciso ir despejar o lixo: tenho três cá em casa.
Mas é precisamente aí que eu quero chegar. Os meus gatos têm caminhas fofas, muitas mantinhas (umas de lã, tricotadas por mim, outras polares), comida e água sempre frescas, carinhos...
Aquele gato que eu vi na rua, andava por baixo dos carros, encharcado, tentando talvez encontrar um cantinho junto a um qualquer motor para passar a noite. Num local um pouco menos frio que o asfalto molhado. Provavelmente de barriga vazia.
Tal como ele, muitos outros gatos e cães vaguearão pelas ruas, ao frio, à chuva, com fome. De comida e de carinhos.
E tal como eles, muitas pessoas vagueiam pelas ruas e quando chega a noite escondem-se do frio e da chuva debaixo de cartões, enroladas a cobertores puídos. Sem um carinho.Talvez com uma sopinha ou um copo de leite quente no estômago. Ou não...
E fico a pensar. Diz-se que o sol, quando nasce, é para todos.
O frio, quando aparece, também. Ou não...
Published by Catarina C. Janeiro 14th, 2009 in 100nada.
Isto não é um apelo anónimo que aparece no email. Isto é um apelo do meu amigo Zé. Por favor, divulguem, ajudem, façam alguma coisa.
Sugiro que cada um de vocês que aqui passam me façam o favor de repetir este post nos vossos blogs. Obrigada.
Muitos de nós temos o hábito de cumprimentar as pessoas com quem nos cruzamos com um: "Bom dia,como está?"
Normalmente respondem-nos do mesmo modo e seguimos o nosso caminho, felizes e contentes (ou não).
Mas, um dia destes, cruzei-me com uma vizinha um pouco idosa, que me respondeu: ai, minha querida, não estou muito bem, não, veja lá que o mês passado estive com gripe,logo de seguida a minha neta mais nova esteve com uma otite (sabe, a Sofia,a filha da minha Carla,que não teve vaga na creche e acabou por ficar comigo) e agora ando com umas dores ao fundo das costas que mal me posso mexer. Vim agora do posto, mas a minha médica está doente e não tinham substituto,vou ter de lá voltar à tarde...(blá, blá, blá, comida de gatos em saquetas).
Entretanto estava na hora do meu autocarro e já estava a dizer mal da minha vida, que o chefe não acha piada nenhuma quando alguém chega atrasado. Lá consegui dizer-lhe: "olhe, as melhoras, que vem lá o meu autocarro " e desatei a correr.
Mas ficou-me de emenda. A partir de agora, vou passar a dizer apenas "Bom dia", "não vá o diabo tecê-las"...
Ao som da magnífica Marcha Radetzky, deixo aqui um dos meus pedidos de Ano Novo: que as pessoas aprendam a respeitar o ambiente e os animais. Nem sequer é difícil. E vale a pena.
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