Já falei aqui no passeio do fim-de-semana passado e não falei da visita às ruínas romanas de Miróbriga e de S. Cucufate de 22 de Abril.
Este passeio também foi organizado pela Liga dos Amigos do Jardim Botânico de Lisboa.
Saímos de Lisboa pelas 8h da manhã, rumo ao Alentejo. A viagem foi agradável, ao som de música clássica e de leitura de poemas por parte da Laura, que para além de ter uma voz muito agradável é uma grande amiga dos animais, de cães em particular, o que, não tendo nada a ver com este relato, é muito importante para mim e tem a ver com o blog.
Chegados a Santiago do Cacém, subimos em direcção às ruínas de Miróbriga. Claro que não há nada como visitá-las, por isso aqui ficam algumas fotos para aguçar o apetite.
O templo dedicado ao culto imperial
As termas
A ponte de um só arco de volta inteira
A calçada de xisto
E, como não podia deixar de ser, não nos escaparam os animais.
Eis um belo exemplar de lagartixa alentejana
Depois da visita a Miróbriga, seguimos para o almoço, no parque de merendas de Santiago do Cacém, um lugar extremamente acolhedor, onde fomos recebidos por uma amiga especial que nos acompanhou na refeição.
Depois do almoço, em que se partilhou a comida e se aproveitou para pôr a conversa em dia, seguimos para a Vidigueira em busca das ruínas de S. Cucufate.
A villa
Porta de entrada do templo
Foi no domingo, dia 13. Mais um dos meus passeios na Natureza. Que foi muito curtinho para o meu gosto. Quem me conhece sabe que eu gosto muito de caminhar, mas desta vez andaram muito mais as rodas da camioneta que os meus pés...
Mas pronto, foi giro na mesma. Educativo, interessante e valeu também pelo convívio.
O passeio foi organizado pela Liga dos Amigos do Jardim Botânico. A primeira paragem foi em Muge, uma vila do Concelho de Salvaterra de Magos, onde visitámos os concheiros, uma das mais importantes estações arqueológicas portuguesas, do período Mesolítico.
A foto não é muito esclarecedora, mas aquelas coisinhas brancas são conchas e são, literalmente, uma parte do lixo que os povos pré-históricos (caçadores-recolectores) amontoavam naquele local, que era simultaneamente o local onde viviam e enterravam os cadáveres, já que, logo ao lado, foram descobertos esqueletos da época.
De seguida rumámos a Escaroupim, uma aldeia piscatória palafítica, terra de avieiros (para quem não leu o livro "Avieiros", de Alves Redol, avieiros eram os pescadores que vieram da praia de Vieira de Leiria para o Tejo em busca de águas menos revoltosas. Viviam nos seus barcos durante quase toda a vida, e quando conseguiam ter a sua casinha, tinham de a construir sobre estacas, uma vez que nas cheias, a zona ribeirinha ficava submersa).
Foi aí que abancámos para o almoço, num pequeno parque de merendas situado à sombra de choupos e salgueiros, com uma esplendorosa vista para o rio.
Não posso deixar de mencionar aqui o Alcino, companheiro de outras jornadas, que foi um dos organizadores do passeio e que mais uma vez, para além da sua companhia, nos presenteou com um copinho do seu já famoso Auren...
Depois do repasto, visitámos o Núcleo Museológico de Escaroupim, que mais não é que uma bem conservada casa dos avieiros, que, no seu interior, composto por uma sala, dois quartos, um sótão e uma cozinha, dado o reduzido tamanho de cada uma das divisões, faz lembrar uma casinha de bonecas.
Por último, fomos a Salvaterra de Magos visitar o Museu do Rio, onde, entre outras coisas, podemos ver réplicas de barcos e o esqueleto de uma criança de quatro anos, encontrado junto ao concheiro que visitámos de manhã.
Ao chegar a Lisboa, depois das despedidas, ficou um pequeno grupo de resistentes sem vontade de arredar pé, que ao fim de muita conversa, ali mesmo à saída da camioneta, começou a tirar dos sacos os despojos do almoço. Ele era sandes, batatas fritas, fruta, bolinhos, tudo marchou, bem regadinho com um bom vinho alentejano.
Só a Ana não comeu nem bebeu, mas juntou-se à festa e até deu uma voltinha com o chapéu do Alcino...
Ó pra ela, tão gira!!!!
E pronto, venham mais, que o contacto com a Natureza, ainda por cima em tão boa companhia, sabe bem que se farta...
E agora vou falar de algo que abomino: touradas!
Porque na próxima quinta-feira vai haver uma manifestação contra elas junto ao Campo Pequeno.
Eu sei que não vai adiantar nada, infelizmente as touradas estão longe de acabar, há demasiado dinheiro envolvido nesse meio...
Mesmo assim, não posso deixar de apoiar essa manifestação e desejar que cada vez mais pessoas tomem consciência da barbaridade desse "espectáculo".
O que me faz muita confusão é o facto de haver tanta gente que diz gostar de animais, que até tem em casa animais de estimação e os trata lindamente, e, incompreensivelmente, gosta de ver torturar os touros e vibra com o seu sofrimento. Não entendo. Por muito que me esforce.
E não me venham com o "velho argumento", ah, pois é, mas se não houvesse touradas, não havia touros...
E depois, se não houvesse?
Se eles só nascem para mais tarde virem a ser torturados, então era melhor não chegarem a nascer.
Palavra que se eu fosse um "projecto" de touro e tivesse possibilidade de escolher, pedia à minha potencial mamã que tomasse a pílula...
Bolas, que isto de nos espetarem farpas, dói que se farta!
Este é o meu blog. Nele vou falar das coisas que gosto, das que não gosto e de tudo o que é importante para mim.
Na prática, vou acabar por falar muito de animais e da natureza, que foi para isso que eu o criei. E vou falar dos meus passeios, que eu gosto muito de passear.
Para já, eis os meus meninos: